quinta-feira, 28 de julho de 2011

De onde vem e pra onde vão os filhos?

Recebi de uma amiga muito querida (Soninha da Defia-SME)
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Filhos são do mundo 

(José Saramago)


Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga.

E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!
Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice?
Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão,início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor...
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!
"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "

José Saramago

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BLOG DO SESC-MT: SESC MATO GROSSO abre PROCESSSO SELETIVO com mais ...

BLOG DO SESC-MT: SESC MATO GROSSO abre PROCESSSO SELETIVO com mais ...: "O SESC Mato Grosso lançou neste último domingo mais um grande processo seletivo para preenchimento de mais de 100 vagas em diversas ár..."

olhem bem o que a tucanada vem fazendo com a Educação neste País

 É preciso aprender que a elite política e econômica deste país, dão a mínima para a educação e seus trabalhadores!
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Na volta do recesso escolar fomos (nós professores/as do estado de SP) oficialmente comunicados da decisão de que não teremos direito a férias de 30 dias corridos e sim 15 dias em janeiro e 15 dias em julho. A falsa propaganda é a de que teríamos 10 dias de recesso em dezembro, o que não ocorrerá, tendo em vista o cumprimento dos 100 dias letivos de agosto a dezembro. Se isso ocorresse já nesse ano o calendário escolar iria até 24/12.
Além disso, tivemos que assistir a um filme mentiroso do início ao fim chamado "O triunfo" no qual um professor de uma escola em Nova York consegue, por meio dos mais absurdos sacrifícios pessoais (como ir até a casa de cada aluno/a e até cozinhar o jantar para uma aluna que sofria exploração doméstica), elevar ao máximo as notas daquela que era a pior sala da escola. Objetivo da secretaria da educação ao "indicar" tal filme: tentar nos fazer acreditar que "Yes, we can"...
No mesmo dia, no Jornal da Ciência foi publicado que Nova York suspendeu a política de bônus para professores por não ter resultado em mudanças significativas no desempenho dos alunos. Com essa a Secretaria da Educação não contava... Pena que quem escreveu é a favorável à recompensa por mérito... 
Segue a notícia:

JC e-mail 4307, de 25 de Julho 2011

Editorial da Folha de São Paulo desta segunda-feira (25)
Apesar de renhida resistência, sobretudo dos sindicatos de professores, um número cada vez maior de Estados e municípios brasileiros tem adotado em anos recentes políticas de premiação por mérito a docentes, nas redes estatais de ensino.
 
A lógica de recompensa dos programas é louvável. Busca-se compensar e estimular financeiramente o esforço dos mestres, avaliados pelo desempenho acadêmico de seus alunos. O objetivo é melhorar o rendimento dos professores em sala de aula e, em última análise, elevar a qualidade deficiente do ensino público.
 
Expectativas tão ambiciosas sofreram um golpe, na semana passada, com a notícia de que a cidade de Nova York, cuja política de bônus inspirou governos no Brasil, suspenderá o pagamento desses prêmios em suas escolas. A decisão se seguiu à conclusão de um estudo, iniciado há quatro anos, que não constatou diferenças significativas no desempenho de estudantes. Notas dos alunos cujos professores recebiam remuneração por mérito eram similares às de colegas sob a responsabilidade de docentes não beneficiados pelo programa.
 
É preciso cautela ao analisar o resultado da pesquisa nova-iorquina, que não deve ser avaliada de forma isolada. Estudos semelhantes, em países como Índia, Reino Unido e Chile, apresentaram diagnósticos opostos, que confirmariam a eficácia da remuneração por mérito.
 
O que o conjunto de tais pesquisas parece indicar, em sua aparente disparidade, é que o simples estímulo financeiro aos docentes não é uma panaceia para os males da educação. Outros fatores, externos à sala de aula, são decisivos para o desempenho dos alunos.
 
O mais relevante deles é a vinculação entre a condição socioeconômica da família do estudante e seu desempenho cognitivo. Mas há maneiras de mitigar a desvantagem inicial de parcela das crianças mais pobres no seu percurso acadêmico. A principal providência é o início antecipado da vida escolar, com a oferta de creches e pré-escola de boa qualidade.
 
Os impactos específicos da remuneração por mérito deveriam ser avaliados levando em conta essas condições. O Brasil ainda não dispõe de pesquisas capazes de medir com precisão os efeitos de uma política tão recente. O governo paulista, pioneiro na adoção do bônus salarial, promete agora elaborar novas regras para aprimorar seu funcionamento.
 
Pelo menos num aspecto deveria seguir de forma imediata o exemplo nova-iorquino: contratar estudos independentes capazes de examinar com isenção o programa promissor, que não deve ainda ser descartado, mas que pode ser avaliado e aperfeiçoado.





IV Seminário de Educação em Rede

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um pouco de arte, cultura e sucata

... ao invés de joguinhos, video-games ou piadinhas, amplie o repertório cultural das crianças que vivem perto de você!


Animação produzida durante a oficina de animação SUCATA ANIMADA, no FriCine Ambiental, na cidade de Nova Friburgo, em dezembro de 2010.
Alunos: Dayane Junger, Jane Abreu, Marcelo Costa e Rafael Soares.
Orientação: Cacinho e Diogo Borges
Realização: FRICINE e AGente QUE FEZ


Oficina de animação realizada durante o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, no períodode 13 a 17 de julho de 2011.

domingo, 24 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A história humana feita de pequenas histórias de grandes homens

A história de um valente

Quando aos sete anos ficou órfão de pai e mãe, transformou-se em trabalhador rural assalariado. Condição que só foi interrompida quando, aos dez anos, foi trazido por uma família latifundiária para o Recife com a promessa de criá-lo e alfabetizá-lo, promessa que não foi cumprida. Ao invés da escola prometida, o pequeno "Grilo", como era chamado na infância, tornou-se um escravo mirim: acordava às 4h da manhã, varria, lavava banheiros, encerava pisos e cuidava de animais. Não aceitou este estado de coisas e fugiu. O artigo é de Luciano Morais e Roberto Numeriano.

A reedição do livro "Memórias", autobiografia de Gregório Bezerra, pela Boitempo Editorial (648 págs., R$ 74,00), comemora um símbolo de resistência e convicção política e ideológica, valores cada vez mais ausentes no meio político brasileiro. No livro, o revolucionário comunista narra toda sua trajetória de vida e militância, momentos vividos durante os principais acontecimentos da vida política e social do Brasil no século XX. 
 
(*) Luciano Morais e Roberto Numeriano são membros da Direção Estadual do PCB - Pernambuco.


Matéria na íntegra Clique Aqui

quarta-feira, 20 de julho de 2011

E agora José?

Floresta, para que floresta?


Um repórter anda pelas – ruas- -de São Paulo com microfone em punho. Para um transeunte qualquer, um moço apressado, de gravata e com o notebook nas costas, e lança a pergunta: “Você sabe em que bioma você vive?” A resposta tem uma lógica cristalina: “Na cidade”. Como ele. Milhões de pessoas que vivem em São Paulo não sabem que a região onde a cidade fincou suas raízes é, na verdade, um pedaço do bioma da Mata Atlântica.
Da grande floresta encontrada pelos descobridores em 1500, e que cobria 15% do território brasileiro, com mais de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, restaram apenas 102 mil quilômetros quadrados, ou cerca de 7% da área original. Assim como a Mata Atlântica foi quase toda arrancada da paisagem, outros biomas brasileiros também estão em risco pelo avanço da ocupação humana. É por isso que o País precisa de um Código Florestal, um conjunto de leis que garanta a preservação de áreas florestais e de biomas importantes para garantir a qualidade ambiental não apenas nas áreas rurais, mas também nas cidades, que de tão cinzentas e poluídas já dão a impressão de ser um corpo estranho, deslocado da natureza.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no século XVI, seu principal interesse foi explorar uma árvore especial, de cujo caule sai uma seiva de cor rubra e que era usada para tingir a roupagem dos cardeais.

Matéria na íntegra clique Aqui

sexta-feira, 8 de julho de 2011

eu acho isso interessante...

... em geral, as pessoas não param de pensar em suas coisas, seus afazeres, suas tarefas diárias cada dia mais aprisionantes. Resultado... a maior generosidade e espontaneidade é das poucas crianças!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais uma da Professora Amanda de Natal-RN

Tenho identificado nas posturas da Professora Amanda Gurgel (que apesar de não conhecer) muita familiaridade na visão política e nos históricos enfrentamentos da categoria de professores e professoras no Brasil contra os mandatários do poder, os coronéis desde o engenho até o congresso! 
Agora, mais uma atitude louvável e que fortalece os valores, os princípios e a luta! 
Parabéns à essa que somos todos nós!

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Oi,
Nesta segunda,o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".

Amanda


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Natal, 2 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O que um pai/mãe pode trazer de bom aos filhos?

Como professores, percebemos com as famílias deixam marcas nas histórias de vida de seus filhos... mas a escola e seus educadores também compõem esse cenário...

terça-feira, 5 de julho de 2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Seminário Educação 2011

O Seminário Educação é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso. Em 2011, realiza-se a 19ª Edição, tendo por tema Relações raciais e educação: dez anos de estudos e pesquisas na UFMT. Trata-se de um evento que já adquiriu dimensão nacional, caracterizado como um fórum privilegiado de discussão e intercâmbio entre profissionais da área, estudantes e pesquisadores. 
NORMAS
Normas para participação no seminário
        A participação no Seminário Educação 2011 ocorrerá por: a) inscrição simples (garantindo a participação apenas como ouvinte) e b) com submissão de trabalho. As inscrições serão feitas somente via internet  em conformidade com os prazos estabelecidos.

        As inscrições de trabalho poderão ser feitas nas seguintes modalidades: Comunicação Oral, Pôster, Minicursos, Oficinas. Nessas modalidades serão aceitos como trabalhos resultados parciais ou finais de estudos e pesquisas.

        Mostra de experiências pedagógicas na implementação da Lei nº 10.639/03. Serão aceitos relatos de experiências, realizadas por profissionais da educação na inclusão de conteúdos de história e cultura afrobrasileira e africana no processo de educação escolar. Essas experiências devem ser apresentadas à comissão julgadora em formato escrito, conforme Orientação para apresentação de trabalhos. Caso a proposta seja aceita para apresentação, o autor deverá informar previamente em que suporte fará sua apresentação.

        A inscrição simples no Seminário Educação 2011 é condição para a submissão de trabalhos individuais ou em co-autoria. O valor pago pela inscrição simples ou inscrição com submissão de trabalho não será devolvido em hipótese nenhuma. Os inscritos poderão submeter até dois trabalhos, individualmente ou em co-autoria. Será aceito um mesmo co-autor em mais de dois trabalhos desde que este seja o orientador do autor principal na pós-graduação.

        O envio de trabalho poderá ocorrer até à meia noite (horário de Mato Grosso), do dia 31 de agosto de 2011 desde que a taxa de inscrição simples tenha sido paga até o dia 29 de agosto de 2011.

Cronograma de inscrição
Categoria de participação Período de inscrição
Ouvintes 27/06/2011 a 06/11/2011
Inscrição com submissão de trabalhos 27/06/2011 a 27/08/2011
Publicação da relação de trabalhos aprovados no site do Seminário 20/09/2011
Pagamento da taxa de submissão de trabalhos 21/09 a 10/10/2011

        No ato da inscrição, todos pagarão o valor correspondente à inscrição simples (trinta reais). Após aceite dos trabalhos, os autores devem efetuar pagamento do restante da taxa de inscrição correspondente à categoria de participação na qual se inscreveu no Seminário. Em caso de co-autoria, autores e co-autores, individualmente, devem pagar integralmente a taxa correspondente a sua categoria de participação no seminário.

        Somente serão apresentados no Seminário e devidamente publicados nos Anais do evento os trabalhos cujos autores e co-autores, no prazo estabelecido, efetuarem o pagamento integral da taxa.

Taxa de inscrição
Categoria de participação Inscrição simples Valor restante da Inscrição com submissão de trabalhos
(a ser pago após publicação de aceite do trabalho)
Valor total da taxa de inscrição
Ouvinte R$ 30,00 ****************** R$ 30,00
Estudante de graduação e profissional de educação básica R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 50,00
Estudante de pós-graduação R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 70,00
Docentes e profissionais de ensino superior R$ 30,00 R$ 60,00 R$ 90,00


Mais Informações:

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Campanha: Não Precisamos Mais de vereadores

Terminando o semestre e iniciando a campanha:  
"Não Precisamos Mais de Vereadores"

Afinal, para que servem vereadores? Melhor extinguí-los!!!




Imagens: Campanha em outdoors em Jaraguá do Sul - SC.

sábado, 25 de junho de 2011

As ruas sacodem os ombros do mundo

O epicentro da crise financeira encontra-se hoje na Europa. Não por acaso, a fragilidade da esquerda para se opor à desordem criada pelas finanças desreguladas ganha nitidez desconcertante no velho continente. Sobretudo nas economias periféricas da UE, atropeladas por uma colisão de endividamento e retração de liquidez, dirigentes e parlamentos comandados por socialistas tem voltado as costas ostensivamente ao clamor das ruas. Na contramão de um neoliberalismo em frangalhos, os socialistas tem se mostrado os melhores executivos na aplicação de programas de ajuste requeridos pelos bancos e chancelados pela Comissão Européia.O desmonte do setor público que a social-democracia européia notabilizou-se por erigir no pós-guerra assume proporções devastadoras. Privatizações e demissões em massa do funcionalismo; cortes em serviços essenciais; devastação da seguridade social; congelamento e arrocho de salários lembram a rapinagem sofrida pela América Latina na crise da dívida externa nos anos 80. O primeiro passo para virar essa página da história é compreender que o clamor ecoado das ruas da Europa dirige-se também à esquerda do resto do mundo, inclusive no Brasil. Com o propósito de contribuir para essa escuta forte, Carta Maior selecionou um conjunto de textos que refletem a urgência de uma reconstrução programática da agenda socialista.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Novidade para os estudos marxistas

Grundrisse

Manuscritos econômicos de 1857-1858
Esboços da crítica da economia política
Karl Marx


Muito mais que “esboços” ou adiantamento da obra maior de Karl Marx, os três manuscritos econômicos de 1857-1858 que compõem os quase lendários Grundrisse constituem patrimônio das ciências humanas de inestimável valor.
Parte de uma luta ideológico-política pela exclusividade do “verdadeiro” Marx, a obra somente veio à luz já na primeira metade do século XX, em virtude dos conflitos centrados no controle que o Partido Comunista da ex-URSS exerceu sobre os escritos não divulgados do filósofo alemão. Considerados inicialmente espécie de amostra ou work in progress do que viria a ser a obra central de Marx, sabe-se hoje que examinar os Grundrisse é como ter acesso ao laboratório de estudos de Marx no curso de sua extensa atividade intelectual, o que permite acompanhar a evolução de seu pensamento, as áreas específicas de interesse que deles se desdobram, e, sobretudo, compreender no detalhe o seu método de trabalho.
Publicada integralmente e pela primeira vez em português, esta obra crucial de Marx para o desenvolvimento de sua crítica da economia política consiste em três textos bastante distintos entre si em natureza e dimensão. O primeiro, que só mais tarde o filósofo intitularia “Bastiat e Carey”, foi escrito em um caderno datado de julho de 1857. O segundo, contendo o que seria uma projetada Introdução à sua obra de crítica à economia política, é de um caderno de cerca de trinta páginas, marcado com a letra M e redigido, ao que tudo indica, nos últimos dez dias de agosto de 1857. O terceiro manuscrito, e o mais extenso, compreende a obra póstuma de Marx que ficou conhecida como Esboços da crítica da economia política, ou simplesmente Grundrisse, conforme o título da edição alemã. Tal texto consiste em dois capítulos (“Capítulo do dinheiro” e “Capítulo do capital”) distribuídos em sete cadernos numerados de I a VII. Segundo Francisco de Oliveira, professor de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), na capa do livro, “o vigoroso teórico pode ser justamente tido como um escritor de primeira plana; ele tinha, sem muita modéstia, inteira consciência de seu valor literário e, talvez por exagero – e que temperamento! –, tenha deixado na obscuridade muitos textos dos Grundrisse e que estão agora com os leitores do Brasil e de outras paragens para nossa delícia teórica e nossas elaborações na tradição marxista”.

Trabalho de anos de tradução rigorosa diretamente dos originais em alemão, com coedição da Boitempo Editorial e Editoria UFRJ, os Grundrisse constituem a versão inicial da crítica da economia política, planejada por Marx desde a juventude e escrita entre outubro de 1857 e maio de 1858. Ela seria depois muitas vezes reelaborada, até dar origem aos três tomos de O capital. “O fato de ser uma primeira versão não faz destes escritos algo simples ou de mero interesse histórico. Além de entender o ponto de partida da grande obra de maturidade de Marx, eles permitem vê-la de uma perspectiva especial só possível com manuscritos desse tipo, pois, como não pretendia ainda publicá-los, o autor os considerava uma etapa de seu próprio esclarecimento, concedendo-se liberdades formais abolidas nas versões posteriores”, afirma na orelha o professor de história da USP, Jorge Grespan.

Segundo o tradutor e supervisor da edição, Mário Duayer, mesmo diante de mazelas da vida, o prognóstico de uma crise econômica iminente forneceu a Marx o estímulo para pôr no papel as descobertas de seus longos anos de estudos de economia política e dar uma primeira forma à sua crítica. “Vivendo em extrema pobreza, permanentemente sitiado por credores, cliente habitual de lojas de penhor, castigado por problemas de saúde e devastado pela morte prematura de quatro dos seus sete filhos – decerto em virtude das condições materiais em que vivia a família –, o que de fato surpreende é como ele foi capaz de produzir, nessas circunstâncias, não só um trabalho tão magnífico, uma das obras científicas mais importantes e influentes de todas as épocas, mas, acima de tudo, uma obra motivada por uma paixão genuína pelo ser humano”. 

Trecho do livro
“Carey, cujo ponto de partida é a emancipação da sociedade burguesa do Estado na América do Norte, termina, entretanto, com o postulado da intervenção do Estado para que o desenvolvimento puro das relações burguesas, como de fato ocorreu na América do Norte, não seja perturbado por influências exteriores. Ele é protecionista, ao passo que Bastiat é livre-cambista. A harmonia das leis econômicas aparece em todo o mundo como desarmonia, e os primeiros indícios dessa desarmonia surpreendem Carey inclusive nos Estados Unidos. De onde vem esse estranho fenômeno? Carey o explica a partir da influência destrutiva da Inglaterra sobre o mercado mundial com sua ambição ao monopólio industrial. Originalmente, as relações inglesas foram distorcidas no interior do país pelas falsas teorias de seus economistas. Atualmente, como poder dominante do mercado mundial, a Inglaterra distorce a harmonia das relações econômicas em todos os países do mundo. Essa é uma desarmonia real, de maneira nenhuma baseada meramente na concepção subjetiva dos economistas. O que a Rússia é politicamente para Urquhart, a Inglaterra é economicamente para Carey. A harmonia das relações econômicas, para Carey, baseia-se na cooperação harmônica de cidade e campo, de indústria e agricultura. Essa harmonia fundamental, que a Inglaterra dissolveu em seu interior, ela destrói por meio de sua concorrência no mercado mundial e, assim, é o elemento destrutivo da harmonia universal.”
Sobre a coleção Marx-Engels
A publicação dos Grundrisse coroa o ambicioso projeto da Boitempo Editorial de traduzir o legado de Karl Marx e Friedrich Engels, contando com o auxílio de especialistas renomados e sempre com base nas obras originais. Com 12 volumes publicados, a coleção teve início com a edição comemorativa dos 150 anos do Manifesto Comunista, em 1998. Em seguida foi publicada A sagrada família (2003), obra polêmica que assinala o rompimento definitivo de Marx e Engels com a esquerda hegeliana. Os Manuscritos econômico-filosóficos (2004) vieram na sequência, ao qual se seguiram os lançamentos de Crítica da filosofia do direito de Hegel (2005); Sobre o suicídio (2006); A ideologia alemã (2007); A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (2008); Sobre a questão judaica (2010); Lutas de classes na Alemanha (2010); O 18 de brumário de Luís Bonaparte (2011); A guerra civil na França (2011), em comemoração aos 140 anos da Comuna de Paris; e agora os Grundrisse (2011).
Ficha técnica
Título: Grundrisse
Subtítulo: Manuscritos econômicos de 1857-1858: Esboços da crítica da economia política
Título original: Karl Marx Ökonomische Manuskripte 1857/58
Autor: Karl Marx
Tradução: Mario Duayer, Nélio Schneider, Alice Helga Werner e Rudiger Hoffman
Supervisão editorial e apresentação: Mario Duayer
Orelha: Jorge Grespan
Quarta capa: Francisco de Oliveira
Páginas: 792
Preço: R$ 79,00
ISBN: 978-85-7559-172-7
Editoras: Boitempo e UFRJ

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desabafo de uma Professora da Rede Estadual em Goiás


Recebi por email e estou divulgando por aqui!

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Senhor Secretário:
Thiago Peixoto,

Sou professora há 22 e sinto que a Educação de Goiás, em 2011, retrocedeu quase um século.

Digo isso porque vejo o descaso e a irresponsabilidade com que o senhor tem tratado os profissionais da Educação. Isso acontece pelo fato do senhor, talvez, desconhecer a realidade do Ensino Público em Goiás. Quantas escolas goianas tiveram a honra de receber sua visita? 5, 20, 50?
Com as ordens que temos recebido da Secretaria da Educação, sinto-me na época dos jesuítas. Será que retornamos no tempo para que nossas autoridades revejam os erros cometidos e encontrem um rumo para a Educação?

Oferecer educação de qualidade é o que todos nós professores engajados e preocupados com a educação, tentamos fazer, mas com péssimos salários e condições precárias de trabalho com escolas caindo sobre nossas cabeças, é quase impossível. Tentamos fazer o melhor e nem reconhecimento temos.

Tempo para qualificação? Quando? As instituições de ensino oferecem cursos na madrugada? Porque é somente nesse horário que os professores têm tempo para estudar, pois são obrigados a trabalhar em dois ou três turnos para ter um minguado salário.

E para complicar ainda mais a situação, o senhor, grande detentor do poder, resolve ditar as leis de uma mal denominada gestão democrática, impondo aos nossos colegas um suposto curso, cujas atividades postadas sequer eram corrigidas, entrega uma apostila mal feita, poucos dias antes da prova e realiza um processo seletivo com questões mal elaboradas e confusas.

Quando o senhor pensou nesse processo seletivo, porque não procurou uma entidade educacional qualificada e preparada, como a Universidade Federal de Goiás, para a realização do mesmo?

Talvez seja por saber que a UFG exigiria um edital claro e tempo de preparação para os candidatos, não é?

O senhor, num artigo publicado em O Popular diz que um gestor bem preparado faz sim, muita diferença na rede pública. Concordo com o senhor, mas gostaria de alertá-lo de que preparação e qualificação requer tempo e oportunidade, nossos colegas tiveram isso? E apenas uma prova mal elaborada mede a capacidade de um gestor?

E quanto aos prazos dados para todos os trâmites legais de um pleito democrático? O senhor teve quanto tempo para sua campanha enquanto candidato a Deputado? E agora nossos colegas candidatos a gestores das escolas têm menos de uma semana para apresentar suas propostas à comunidade escolar? Quanta incoerência, senhor secretário!!

Por que tudo na educação tem que ser feito de modo atribulado, de imediato? É esse o compromisso de nossas autoridades tão competentes na gestão da Secretaria da Educação?

E os nossos salários, secretário? Será que teremos algum dia o nosso tão almejado piso salarial ou continuaremos, indefinidamente, no “contrapiso” do descaso?

Essas são algumas indagações de uma professora angustiada com os rumos da educação em Goiás.

Tenho orgulho de minha profissão, senhor secretário, e sempre tentei fazer o máximo para a aprendizagem dos meus alunos e tenho, ainda, a esperança de que algum dia, a Secretaria da Educação, tenha como chefe maior alguém empenhado em realmente melhorar a qualidade do ensino, pois acredito no lema: “Só a Educação liberta esta nação!”

Quanto tempo ainda nos resta na prisão da ignorância, descaso e má vontade dos nossos governantes?

Mire-se nos exemplos dos países desenvolvidos, mas tenha bom senso, clareza e objetividade para enxergar os problemas enfrentados pelas nossas escolas.

Não é necessário gastar milhões com uma empresa de consultoria para detectar os problemas enfrentados pela Educação em Goiás, basta reunir um grupo de profissionais que trabalham todos os dias em nossas escolas que eles mostrarão ao senhor o quadro caótico do nosso ensino público e o melhor, senhor secretário, se lhes for dada a oportunidade e condições mínimas de trabalho, conseguirão sanar os problemas detectados em pouco tempo e sem desperdício de dinheiro público.

Pense nisso, senhor Secretário!

Atenciosamente,
Arlete Cristina Pereira

quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

István Mészáros propõe a erradicação do capitalismo.


Por Agildo Nogueira Júnior.
Portal Vermelho - 13 de junho de 2011. 

"O pensador marxista e filósofo húngaro, István Mészáros esteve em Campinas/SP para participar do seminário "A crise estrutural do capital e os desafios atuais da luta de classes". O pensador húngaro foi saudado por um salão lotado, com a plateia cantando em pé a primeira parte da Internacional Socialista. Ele iniciou sua palestra lembrando a primeira vez que esteve no Brasil, em 1983. À época, chamou sua atenção um movimento de luta contra a fome realizado pela população do estado do Rio Grande do Norte. Para Mészáros, foi mais uma prova de que no auge do desenvolvimento das forças produtivas o capital não se preocupa sequer em prover de alimentos à população de várias nações, inclusive a brasileira. Assim, o marxista relembra o título de uma de suas obras ao afirmar que não é possível fazer pequenos ajustes no sistema, é preciso ir além do capital. Para isso, ele propõe que o capital seja erradicado do controle das nossas vidas. Porque é um modo de controle social e não apenas um modo de produção."  [leia mais]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mais uma do capitalismo nefasto

  Capital e Capitalismo

O neoliberalismo proclama a necessidade do retorno de uma ordem jurídica alicerçada em fundamentos meramente econômicos. Para tanto, é obrigado a atropelar, entre outras conquistas da dita civilização, as exigências de universalidade da norma jurídica. No mundo da nova concorrência e da utilização do Estado pelos poderes privados, a exceção é a regra. Tal estado de excepcionalidade corresponde à codificação da razão do mais forte, encoberta pelo véu da legalidade. O poder econômico vem se infiltrando no Estado, comprometendo a soberania. O Estado perdeu a vergonha de transformar a ordem jurídica numa arma de opressão e de controle das aspirações dos cidadãos, enquanto se submete à brutalidade do comando da finança desregrada.

INTRODUÇÃO

I have read many philosophers and classics of political thought and have encountered only a few thinkers who were interested (and politically engaged!) in the free development of the individuality of all women and men (not only of a privileged class). And I believe that this point is fundamental for the political parties and the social movements that still look at Marx as a source of inspiration. (Marcello Musto)

Marshall Berman descobriu o marxismo quando buscava entender o destino de seu pai, morto, como Willy Loman, o personagem de Arthur Miller na Morte do Caixeiro Viajante. Lomam pereceu numa cilada das forças anônimas, incontroláveis e insidiosas da concorrência. “Num dia quente de verão de 1955, meu pai, um vendedor de etiquetas, voltou para casa exaurido do distrito de roupas e disse ‘eles não me conhecem mais”.
 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Obras de Paulo Freire Free

Livros de Paulo Freire disponíveis para serem baixados gratuitamente
 


Os adeptos de Paulo Freire têm agora a disponiblidade de baixar gratuitamente na internet, inclusive o clássico Pedagogia do Oprimido. Algumas de suas obras são consideradas preciosidades. São livros importantíssimos de um pensador brasileiro comprometido profundamente com as causas sociais. O material é inovador, criativo,original e tem importância histórica inédita. Para os profissionais e pesquisadores de comunicação a obra Extensão ou Comunicação é, praticamente, obrigatória.

As obras estão disponiveis no portal do governo do Acre:
http://www.ac.gov.br/bibliotecadafloresta/biblioteca/index.php?option=com_content&task=view&id=638&Itemid=128

Confira abaixo as obras e os links:

A importância do ato de ler <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/A_importancia_do_ato_de_ler.pdf>
Ação Cultural para a Liberdade <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Acao_Cultural_para_a_Liberdade.pdf>
Extensão ou Comunicação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Extensao_ou_Comunicacao1.pdf>
Medo e Ousadia <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/MedoeOusadia.pdf>
Pedagogia da Autonomia <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadaAutonomiaP[1].Freire.pdf>
Pedagogia da Indignação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadaIndignacaoP[1].Freire.pdf>
Pedagogia do Oprimido <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadoOprimidoP[1].Freire.pdf>
Política e Educação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PoliticaeEducacao-P[1].Freire.pdf>
Professora sim, Tia não <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Professora_sim,_Tia_nao.pdf>

segunda-feira, 6 de junho de 2011

“Os que não querem a verdade são aqueles que deram as ordens”


“Os que não querem a verdade são aqueles que deram as ordens”

A poucas horas das eleições presidenciais no Peru, o líder da Frente progressista, Ollanta Humala, destaca, em entrevista ao jornal Página/12, a importância dos julgamentos pela violação dos direitos humanos, detalha como serão as políticas sociais que pretende implementar em seu governo, caso seja eleito, e diz por que a opção por Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, representaria uma volta ao passado. No plano da política externa, Humala diz que sua prioridade será a consolidação da Unasul e da unidade latinoamericana.

“Vou ganhar amanhã”, diz Ollanta Humala. Ele está tranquilo, confiante. O candidato da Frente Progressista Gana Peru, que neste domingo disputa o segundo turno da eleição presidencial com a direitista Keiko Fujimori, concedeu uma entrevista exclusiva ao Página/12, abrindo um espaço em sua agitada agenda. Humala tinha acabado de rechaçar, em uma entrevista coletiva, a acusação lançada por Roger Noriega, subsecretário de Estado para a América latina da administração de George W. Bush, de que Hugo Chávez estaria financiando a sua campanha. “Isso é uma mentira, uma calúnia. Não há nenhuma prova para essa afirmação”, disse Humala.

Na conversa com o Página/12, o candidato falou de suas principais propostas, do que seria um eventual governo seu sem maioria parlamentar, de direitos humanos, de sua rival Keiko Fujimori e do papel que a Unasul teria em sua política externa.