sábado, 29 de outubro de 2011

Direito para exercer a vontade!


“É preciso que as pessoas queiram exercer o direito à memória e à verdade”

Em entrevista à Carta Maior, Maria do Amparo Almeida Araújo, que combateu a ditadura pela Ação Libertadora Nacional (ALN), fundou o Coletivo Tortura Nunca Mais de Pernambuco e hoje é secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã na Prefeitura do Recife, fala sobre a Comissão da Verdade e os obstáculos para que a memória e a verdade sobre o período da ditadura venham à tona. "É preciso que as pessoas queiram exercer esse direito. Infelizmente, talvez pela distância, pelo tempo, as pessoas não estão muito sensibilizadas com isso", afirma. Márcio Markman - De Recife, Especial para Carta Maior.

 
Não há qualquer exagero em afirmar que a alagoana de Palmeira dos Índios, Maria do Amparo Almeida Araújo, 61 anos, tem uma vida dedicada à luta pela liberdade e a defesa dos Direitos Humanos. Após três anos morando em São Paulo, ela ingressou ativamente no combate à ditadura militar, através da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização da qual se tornou militante junto com o irmão mais velho, Luiz. Tinha apenas 17 anos.

Amparo é um exemplo de uma cidadã brasileira que teve a vida marcada pela face mais desumana da ditadura. O irmão Luís está na lista dos militantes desaparecidos. Durante os anos de chumbo, teve ainda três companheiros desaparecidos. Iúri Xavier Pereira, Luiz José da Cunha e Thomaz Antonio da Silva Meireles Neto. Iúri e Luiz José foram mortos por policiais do Doi-Codi, o braço forte da repressão. Thomaz foi preso em 1974, no Rio de Janeiro, e engrossou a lista de desaparecidos políticos.

Entre 1972 e 1977, a família pensou que Amparo também havia sido executada pelas forças reacionárias. Só ficaram sabendo que estava viva quando retornou a Alagoas, no final de 1977, após a dissolução da ALN.

No ano seguinte, ela ruma para o Recife, onde se forma em Serviço Social e permanece de forma ativa na defesa dos ideais libertários e, após a queda do regime militar, na busca pela verdade do que realmente ocorreu com os brasileiros que tiveram seus direitos humanos violados no período da ditadura. Milhares de torturados, centenas assassinados e de desaparecidos.
 
Leia a entrevista na íntegra: Clique aqui

O esporte pede desculpas? Aceitaremos?

Como disse o aluno Weber Barbosa (FEF-UFG), há muitas questões postas nesse vídeo que merecem nossa atenção. Há elementos vinculados sobretudo, às políticas públicas de educação, esporte e lazer das esferas federal, estaduais e municipais. Mas há também, aspectos da prática docente tanto no campo da formação de professores quanto da educação básica que merecem destaque.
Eis as possibilidades. Quem se habilita a deixar seu comentário?

Um péssimo exemplo...

... de quem tinha que ser exemplar no respeito à legislação de trânsito no Brasil e em especial, em frente ao Colégio Emmanuel, na Av. Cora Coralina em Goiânia-Go e nos mostrar como ser corretos.

É lamentável que servidores desse órgão insistam em acreditar que estão acima da lei que eles mesmos nos cobram o cumprimento.

SAVEIRO BRANCA - CARACTERIZADA PLACA - NWC 8396

Merece multa ao veículo, à prefeitura e pontos na habilitação do servidor.

Fica aqui a minha indignação em relação ao comportamento equivocado que muitos agentes da lei (AMT, PM, etc) exercem em locais públicos. E fica também o meu recado: essa foto não é minha, mas estou com minha máquina fotográfica e meu celular atentos na cidade de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Porque em Ap. de Goiânia, os AMT's de lá, são mais invocados ainda!

Foto: by Felipe Vitorino (facebook)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E quando não houver mais palavras...

... para educar as crianças e sobrarem apenas as nossas atitudes no mundo?

Fiquei pensando nisso desde a semana passada e procurando uma forma de postar a idéia. Então vamos lá!

Se um dia nós os adultos perdessemos a capacidade de falar, tenho muito receio sobre como seriam educadas as nossas crianças, baseadas apenas nas atitudes e ações. Algumas imagens nos provocam a pensar sobre isso, pois nossos filhos e alunos estão nos assistindo o tempo todo. Vai aí, duas versões de reflexões para não terminar o mês que é dedicado às crianças, sem pensarmos sobre isso!

Fraternalmente,
Sérgio Moura



Luto na Eseffego UEG Goiânia

Faleceu nesta quarta (26) Ivo Almeida, um dos mais ilustres funcionários e amigos da Eseffego de todos os tempos! Sua alegria contagiante; seus conselhos aos amigos principalmente alunos, incalculável bem produziu; humildade 100%; uma grande pessoa para lembrarmos e chorarmos sua partida, mas guardarmos sua alegria, sua força e positividade.


domingo, 23 de outubro de 2011

Qual mundo herdarão as crianças de hoje?

Veja só se não seria simples se os homens proprietários das grandes corporações e mega-empreendimentos não fossem tão preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, propriedades e petróleo!



Valeu Camila Cunha !!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Será o apocalipse desse modelo societário?

A vida como ela é de verdade ou o esgotamento do inevitável!

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Sociólogo norte-americano antecipa que ‘o capitalismo chegou ao fim da linha’

capitalismoAos 81 anos, o sociólogo norte-americano Immanuel Wallerstein acredita que o capitalismo chegou ao fim da linha: já não pode mais sobreviver como sistema. Mas – e aqui começam as provocações – o que surgirá em seu lugar pode ser melhor (mais igualitário e democrático) ou pior (mais polarizado e explorador) do que temos hoje em dia.
O capitalismo está derretendo

Estamos, pensa este professor da Universidade de Yale e personagem assíduo dos Fóruns Sociais Mundiais, em meio a uma bifurcação, um momento histórico único nos últimos 500 anos. Ao contrário do que pensava Karl Marx, o sistema não sucumbirá num ato heróico. Desabará sobre suas próprias contradições. Mas atenção: diferentemente de certos críticos do filósofo alemão, Wallerstein não está sugerindo que as ações humanas são irrelevantes.
Ao contrário: para ele, vivemos o momento preciso em que as ações coletivas, e mesmo individuais, podem causar impactos decisivos sobre o destino comum da humanidade e do planeta. Ou seja, nossas escolhas realmente importam. “Quando o sistema está estável, é relativamente determinista. Mas, quando passa por crise estrutural, o livre-arbítrio torna-se importante.”
É no emblemático 1968, referência e inspiração de tantas iniciativas contemporâneas, que Wallerstein situa o início da bifurcação. Lá teria se quebrado “a ilusão liberal que governava o sistema-mundo”. Abertura de um período em que o sistema hegemônico começa a declinar e o futuro abre-se a rumos muito distintos, as revoltas daquele ano seriam, na opinião do sociólogo, o fato mais potente do século passado – superiores, por exemplo, à revolução soviética de 1917 ou a 1945, quando os EUA emergiram com grande poder mundial.
As declarações foram colhidas no dia 4 de outubro pela jornalista Sophie Shevardnadze, que conduz o programa Interview na emissora de televisão russa RT. A transcrição e a tradução para o português são iniciativas do sítio Outras Palavras, 15-10-2011.
Leia aqui a entrevista, na íntegra:

Há exatamente dois anos, você disse ao RT que o colapso real da economia ainda demoraria alguns anos. Esse colapso está acontecendo agora?
– Não, ainda vai demorar um ano ou dois, mas está claro que essa quebra está chegando.
– Quem está em maiores apuros: Os Estados Unidos, a União Europeia ou o mundo todo?
– Na verdade, o mundo todo vive problemas. Os Estados Unidos e União Europeia, claramente. Mas também acredito que os chamados países emergentes, ou em desenvolvimento – Brasil, Índia, China – também enfrentarão dificuldades. Não vejo ninguém em situação tranquila.
– Você está dizendo que o sistema financeiro está claramente quebrado. O que há de errado com o capitalismo contemporâneo?
– Essa é uma história muito longa. Na minha visão, o capitalismo chegou ao fim da linha e já não pode sobreviver como sistema. A crise estrutural que atravessamos começou há bastante tempo. Segundo meu ponto de vista, por volta dos anos 1970 – e ainda vai durar mais uns 20, 30 ou 40 anos. Não é uma crise de um ano, ou de curta duração: é o grande desabamento de um sistema. Estamos num momento de transição. Na verdade, na luta política que acontece no mundo — que a maioria das pessoas se recusa a reconhecer — não está em questão se o capitalismo sobreviverá ou não, mas o que irá sucedê-lo. E é claro: podem existir duas pontos de vista extremamente diferentes sobre o que deve tomar o lugar do capitalismo.
– Qual a sua visão?
– Eu gostaria de um sistema relativamente mais democrático, mais relativamente igualitário e moral. Essa é uma visão, nós nunca tivemos isso na história do mundo – mas é possível. A outra visão é de um sistema desigual, polarizado e explorador. O capitalismo já é assim, mas pode advir um sistema muito pior que ele. É como vejo a luta política que vivemos. Tecnicamente, significa é uma bifurcação de um sistema.
– Então, a bifurcação do sistema capitalista está diretamente ligada aos caos econômico?
– Sim, as raízes da crise são, de muitas maneiras, a incapacidade de reproduzir o princípio básico do capitalismo, que é a acumulação sistemática de capital. Esse é o ponto central do capitalismo como um sistema, e funcionou perfeitamente bem por 500 anos. Foi um sistema muito bem sucedido no que se propõe a fazer. Mas se desfez, como acontece com todos os sistemas.
– Esses tremores econômicos, políticos e sociais são perigosos? Quais são os prós e contras?
– Se você pergunta se os tremores são perigosos para você e para mim, então a resposta é sim, eles são extremamente perigosos para nós. Na verdade, num dos livros que escrevi, chamei-os de “inferno na terra”. É um período no qual quase tudo é relativamente imprevisível a curto prazo – e as pessoas não podem conviver com o imprevisível a curto prazo. Podemos nos ajustar ao imprevisível no longo prazo, mas não com a incerteza sobre o que vai acontecer no dia seguinte ou no ano seguinte. Você não sabe o que fazer, e é basicamente o que estamos vendo no mundo da economia hoje. É uma paralisia, pois ninguém está investindo, já que ninguém sabe se daqui a um ano ou dois vai ter esse dinheiro de volta. Quem não tem certeza de que em três anos vai receber seu dinheiro, não investe – mas não investir torna a situação ainda pior. As pessoas não sentem que têm muitas opções, e estão certas, as opções são escassas.
– Então, estamos nesse processo de abalos, e não existem prós ou contras, não temos opção, a não ser estar nesse processo. Você vê uma saída?
– Sim! O que acontece numa bifurcação é que, em algum momento, pendemos para um dos lados, e voltamos a uma situação relativamente estável. Quando a crise acabar, estaremos em um novo sistema, que não sabemos qual será. É uma situação muito otimista no sentido de que, na situação em que nos encontramos, o que eu e você fizermos realmente importa. Isso não acontece quando vivemos num sistema que funciona perfeitamente bem. Nesse caso, investimos uma quantidade imensa de energia e, no fim, tudo volta a ser o que era antes. Um pequeno exemplo. Estamos na Rússia. Aqui aconteceu uma coisa chamada Revolução Russa, em 1917. Foi um enorme esforço social, um número incrível de pessoas colocou muita energia nisso. Fizeram coisas incríveis, mas no final, onde está a Rússia, em relação ao lugar que ocupava em 1917? Em muitos aspectos, está de volta ao mesmo lugar, ou mudou muito pouco. A mesma coisa poderia ser dita sobre a Revolução Francesa.
– O que isso diz sobre a importância das escolhas pessoais?
– A situação muda quando você está em uma crise estrutural. Se, normalmente, muito esforço se traduz em pouca mudança, nessas situações raras um pequeno esforço traz um conjunto enorme de mudanças – porque o sistema, agora, está muito instável e volátil. Qualquer esforço leva a uma ou outra direção. Às vezes, digo que essa é a “historização” da velha distinção filosófica entre determinismo e livre-arbítrio. Quando o sistema está relativamente estável, é relativamente determinista, com pouco espaço para o livre-arbítrio. Mas, quando está instável, passando por uma crise estrutural, o livre-arbítrio torna-se importante. As ações de cada um realmente importam, de uma maneira que não se viu nos últimos 500 anos. Esse é meu argumento básico.
– Você sempre apontou Karl Marx como uma de suas maiores influências. Você acredita que ele ainda seja tão relevante no século XXI?
– Bem, Karl Marx foi um grande pensador no século XIX. Ele teve todas as virtudes, com suas ideias e percepções, e todas as limitações, por ser um homem do século XIX. Uma de suas grandes limitações é que ele era um economista clássico demais, e era determinista demais. Ele viu que os sistemas tinham um fim, mas achou que esse fim se dava como resultado de um processo de revolução. Eu estou sugerindo que o fim é reflexo de contradições internas. Todos somos prisioneiros de nosso tempo, disso não há dúvidas. Marx foi um prisioneiro do fato de ter sido um pensador do século XIX; eu sou prisioneiro do fato de ser um pensador do século XX.
– Do século 21, agora…
– É, mas eu nasci em 1930, eu vivi 70 anos no século XX, eu sinto que sou um produto do século XX. Isso provavelmente se revela como limitação no meu próprio pensamento.
– Quanto – e de que maneiras – esses dois séculos se diferem? Eles são realmente tão diferentes?
– Eu acredito que sim. Acredito que o ponto de virada deu-se por volta de 1970. Primeiro, pela revolução mundial de 1968, que não foi um evento sem importância. Na verdade, eu o considero o evento mais significantes do século XX. Mais importante que a Revolução Russa e mais importante que os Estados Unidos terem se tornado o poder hegemônico, em 1945. Porque 1968 quebrou a ilusão liberal que governava o sistema mundial e anunciou a bifurcação que viria. Vivemos, desde então, na esteira de 1968, em todo o mundo.
– Você disse que vivemos a retomada de 68 desde que a revolução aconteceu. As pessoas às vezes dizem que o mundo ficou mais valente nas últimas duas décadas. O mundo ficou mais violento?
– Eu acho que as pessoas sentem um desconforto, embora ele talvez não corresponda à realidade. Não há dúvidas de que as pessoas estavam relativamente tranquilas quanto à violência em 1950 ou 1960. Hoje, elas têm medo e, em muitos sentidos, têm o direito de sentir medo.
– Você acredita que, com todo o progresso tecnológico, e com o fato de gostarmos de pensar que somos mais civilizados, não haverá mais guerras? O que isso diz sobre a natureza humana?
– Significa que as pessoas estão prontas para serem violentas em muitas circunstâncias. Somos mais civilizados? Eu não sei. Esse é um conceito dúbio, primeiro porque o civilizado causa mais problemas que o não civilizado; os civilizados tentam destruir os bárbaros, não são os bárbaros que tentam destruir os civilizados. Os civilizados definem os bárbaros: os outros são bárbaros; nós, os civilizados.
– É isso que vemos hoje? O Ocidente tentando ensinar os bárbaros de todo o mundo?
– É o que vemos há 500 anos.

19/10/2011 17:04,  Por Redação, com IHU - de Washington

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Uma lembrança de Duran Duran

Para quem não acredita no nefasto poder do mercado!

 Recebi de uma lista de discussão sobre história da educação. Vale a pena conferir o video, quem acredita que o Estado e a burguesia (mercado de capitais) não são as vezes sacanas com o trabalhador e a classe trabalhadora.
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Hoje, frente a prática da crise [o velho e “autoritário” Lênin já dizia que a prática é o critério último da verdade], como fica aquele tro-ló-ló dos revisionistas [tipo Carlos Nelson Coutinho e herdeiros do PCB e do PT] sobre o Estado ter se ampliado [em um uso prostituído do conceito gramsciano] e deixado de ser um “comitê para gerir os negócios da burguesia”? Que o Estado não mais possuiria um caráter de classe, não mais seria um órgão de dominação da classe capitalista contra as classes exploradas, como sempre afirmaram os revolucionários: Marx, Engles, Lênin, Stálin, Mao Tsé-Tung, Ho Chi Min, Rosa Luxemburgo, Gramsci e tantos outros? Agora, para quem antes tinha a remela revisionista nos olhos, se pode ver bem a quem pertence o Estado e para quem, afora as migalhas da “assistência”, serve o Estado e o capitalismo, agora se pode ver bem a quem serve a democracia burguesa e o quanto burguesa é a democracia e seus parlamentos. Ou não?
Gostei desse capitalista. Ele tem razão: o bicho vai pegar, a chapa ficará quente.



Para obter maiores informações sobre o HISTEDBR, acesse o seguinte endereço:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br

Para fazer nova assinatura, basta enviar uma mensagem para: 
assinar-br_histedbr@grupos.com.br 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Denúncia gravíssima contra a Prefeitura de Goiânia

ABAIXO A REPRESSÃO CONTRA OS TRABALHADORES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA


A criminalização dos movimentos sociais faz parte da história do Brasil. Recentemente o município de Goiânia escreveu mais uma página dessa triste história: os professores, funcionários administrativos e agentes educacionais que iniciaram uma greve em 2010, foram espancados e presos pela guarda municipal, sofrendo processos pela mesma, mesmo tendo sido absolvidos dessas acusações.

No entanto, em 2011 as retaliações em relação à greve atingiram a esfera federal, pois o Procurador Geral da República, Ailton Benedito de Souza, decidiu processar os professores, funcionários administrativos e agentes educacionais, por desacato a autoridade. A sua decisão foi motivada por uma ação, onde um grupo de grevistas foi recebido no Ministério Publico Federal, visando repassar e cobrar algumas denúncias a respeito de superfaturamento e desvio de verbas federais da prefeitura de Goiânia em sua administração atual (PMDB/PT). Porém, as respostas evasivas do Procurador Geral, fizeram com que esse grupo se retirasse do local.  Esse fato desencadeou a reação de indignação do referido Procurador, que abriu um processo federal, no qual coube a policia federal investigar o fato.

A situação atual é a seguinte: os professores da rede municipal continuam sem receber o piso nacional, fixado pelo próprio governo federal, os administrativos permanecem recebendo menos de um salário mínimo, sem nenhum direito a substituição quando doentes ou de licenças médicas, os agentes educacionais continuam recebendo como administrativos, mesmo tendo feito o concurso para professor com magistério. 

Dia após dia vemos as escolas da rede municipal ainda mais sucateadas, a merenda escolar perdendo a qualidade necessária e não vemos, no entanto, a atuação do Ministério Público Federal frente a esses problemas. Quais seriam então os motivos pelos quais o Ministério Público não atua na defesa de uma educação pública de qualidade para classe trabalhadora? Por que esses problemas que afetam os filhos da classe trabalhadora não têm a devida preocupação por parte desse órgão? Por que será que para processar grevistas, existe tamanha disposição? 

A verdade é que no Brasil os denunciantes acabam virando réus e os que deveriam ser intimados e processados continuam a gozar dos respaldos e privilégios sociais.

Movimento Independente dos Trabalhadores em Educação

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

descobrimento ou invasão?

Indígenas reeducando o Brasil


Uma aliança entre seis indígenas universitários traz um novo olhar para a  sociedade: www.indioeduca.org

Em muitos livros de escola ainda se fala de “descobrimento”, alimentando aquele estereótipo do índio nu, dormindo em oca e comendo caça. Foi pensando em diminuir o preconceito que as populações indígenas sofrem que, um grupo de seis indígenas universitários decidiu construir um site para que a sociedade tenha a possibilidade de saber sobre as muitas e diversas realidades que os povos indígenas do Brasil vivem de fato na atualidade.
Alex Macuxi (RR), Amaré Krahô-Kanela (TO), Aracy Tupinambá (RJ), Marina Terena (MS), Micheli Kaiowa (MS) e Sabrynna Taurepang (RR) batizaram de “ÍNDIO EDUCA” a iniciativa de construir uma página na internet, que venha a auxiliar professores e alunos no estudo da História e das Culturas Indígenas, como previsto na lei federal 11.645 de 2008, e fazer com que  os internautas compreendam melhor a história e realidade indígena contemporânea no Brasil.
O portal Índio Educa está sendo lançado entre os dias 12 a 15 de outubro com vários eventos, onde os indígenas responsáveis e outros indígenas colaboradores, estarão palestrando e convidando as pessoas a navegar nesta inovadora proposta. O grupo conta com o apoio da ONG Thydêwá, que selecionada via edital da BrazilFoundation, veio atender ao Plano de Ação Conjunto Brasil – Estados Unidos para a Promoção da Igualdade Racial e Étnica (JAPER). O recurso financeiro do projeto é, em sua maioria, para bolsas de estudo para os seis indígenas pesquisar e produzir textos sobre o tema, publicá-los no portal e dialogar interculturalmente com a sociedade. Além disso, as bolsas estarão também contribuindo para a permanência dos indígenas na universidade.
 A página vai possuir como principais tópicos: O que é ser índio hoje?  Índio come gente? Índio mora em Oca? Índio anda nu? Mitos e
Verdades, além de diversos conteúdos multimídias disponibilizados. Haverá ainda um canal de bate-papo e contatos, para indígenas dialogarem com os visitantes e ajudar especialmente professores e alunos no aprendizado da temática.
            O grupo Índio Educa escolheu lembrar o dia 12 de outubro, disponibilizando este portal como presente para as crianças brasileiras para elas crescerem sem preconceitos contra os indígenas ao tempo que lembrando que foi em 12 de outubro de 1492 que Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a pisar na América, dando início assim a invasão e o genocídio – por muitos ainda chamado de “Descobrimento”.

Mais informações: www.indioeduca.org

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Movimento planetário contra o neoliberalismo

Mobilização mundial neste sábado em defesa da democracia e contra o neoliberalismo: acompanhe pela Carta Maior

Neste sábado, dia 15 de outubro, jovens do mundo inteiro estão sendo convidados a acampar nas praças de suas cidades exigindo democracia real e mudanças no atual modelo econômico, causador de crise e desemprego. 
A inspiração vem dos acampamentos no Egito, na Espanha e, mais recentemente, em Nova York, com o movimento Ocupa Wall Street. 
Os espanhóis do movimento Democracia Real Já estão convocando pessoas do mundo inteiro para participar do Dia Mundial de Acampamentos em Praças, neste 15 de outubro. 
A Carta Maior estará acompanhando as manifestações deste final de semana. Acompanhe pelo Especial Ocupando Wall Street.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A crise se esparrama!

AS RUAS NÃO TEM 'CLAREZA'. QUEM A TEM?
Muitos se perguntam de que servem as mobilizações de rua se seus participantes - jovens em sua maioria - não tem 'clareza' (os banqueiros a teriam, por suposto) do que fazer diante do gigantismo de impasses que ameaçam a própria sobrevivência do sistema financeiro mundial. As ruas nunca deram respostas técnicas para impasses históricos. O papel das ruas nesse momento é justamente libertar a economia da fraudulenta camisa-de-força 'técnica' que circunscreve a busca de alternativas aos limites intocáveis dos interesses geradores da crise.(LEIA MAIS)
 
(Carta Maior; 6ª feira, 14/10/ 2011)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Era uma vez, no velho oeste...

O tempo dos coronéis ainda não acabou em Goiás... no velho oeste, ops!, digo, no velho centro-oeste ainda tem algumas figuras que pensam que mandam em tudo. 

Parabéns do Sr. Leonardo Bueno, Presidente da Irmandade responsável pelas Congadas de Catalão-Go. É preciso colocar esse tipo de gente em seus lugares, ou seja, no lixo!

O Estado de Goiás não precisa desse tipo de político. Nem o povo muçulmano aguenta mais os tiranos de lá!

BASTA A ESSE TIPO DE PRÁTICA E DE POLÍTICO.

No inicio de outubro, esse mesmo governador, apareceu na TV Anhanguera para "aparecer" e dizer que a familia receberia ajuda do governo para o tratamento que o Sr. João Goulart (nosso pesar à família nesse momento pela perda desse senhor). Postamos no sábado (01) "ótimo senhor governador de goiás", nossa crítica e indignação a esse comportamento populista e mediocre, quando milhares de pessoas sofrem nas filas de internação, medicamentos de alto custo e guias do Ipasgo (falido).






Para um mundo de crianças felizes...

Pensar a práxis pedagógica exige uma constante reflexão sobre o modelo societário vigente, suas fragilidades e sua força. Segundo Slavoj Zizek, a relação democracia-capitalismo esgotou. E a pergunta poderia ser: e agora? e depois?
Leia a matéria: o casamento entre democracia e capitalismo acabou e reponha sua compreensão sobre a lógica vigente.

Para um mundo com crianças verdadeiramente, FELIZES!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mesa de Notáveis!

Lino Castellani Filho, João Paulo Medina, Nivaldo Antônio Nogueira David e Vitor Marinho de Oliveira

Essa foi a mesa de encerramento do IV Congresso Centro-Oeste de Ciências do Esporte, em Brasília 2010.
Uma mesa muitíssimo interessante, que apesar do pouco tempo para debater, mostrou-nos o quão rica é a Educação Física brasileira.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Formação Continuada - Residência Multiprofissional UNIFESP

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

Processo Seletivo 2012 – Campi São Paulo e Baixada Santista, início á partir de 07 de outubro, somente via on line.

Áreas oferecidas nos diversos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde:

Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.

Leia o Edital na íntegra.

Novidade no Blog

A partir de hoje, o blog passa a enfatizar e dar uma atenção especial ao tema: Prática Pedagógica em ambientes escolares. Para isso, criamos uma página que está disponível na parte superior do blog, com esse mesmo título Prática Pedagógica. 

Nesse espaço, estaremos dispondo textos, vídeos, artigos, entre outras mídias que apresentem reflexões e subsídios para a prática docente em Educação Física nos ambientes escolares.

Nosso desejo é que você leitor do blog, possa usufruir de mais esse serviço (free) e divulgar para seus amigos e colegas de profissão.

Confira - http://sergioamoura.blogspot.com/p/pratica-pedagogica.html
Um abraço
Sérgio Moura

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Salve-se quem puder!!!

Pessoal,
os pseudo guardinhas em Aparecida de Goiânia (em frente ao Buriti Shopping) não estão dando trégua... estão multando carros e motos, certos ou errados todos padecem!!!! Os pedestres só não foram multados porque não ousaram a olhar no rosto do pseudo guardinha!!!



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Do blog: Educar sem Violência



Como muitos brasileiros, eu sofri ao saber que uma criança de apenas 10 anos atirou com uma arma de fogo contra sua professora e em seguida se matou. É profundamente desalentador perceber que uma criança tão pequena carregava em seu coração tamanho ressentimento e desesperança.
Que mundo hostil apresentamos ao menino Davi Mota Nogueira para que ele não conseguisse depositar nenhuma esperança no dia de amanhã? Sob o impacto dessa tragédia, numa tentativa de aliviar a insuportável dor, nós adultos, tendemos a nos consolar com a idéia de que tudo foi uma fatalidade.
Em depoimento prestado a um programa de TV, o senhor Milton Nogueira, pai de Davi, afirmou que não se sentia culpado, argumentado que o ocorrido foi uma tragédia e que só lhe resta lamentar. Ainda que imbuída de compaixão pelo indescritível sofrimento deste pai, eu me sinto na obrigação de contestar essa afirmação.
A violência ocorrida na Escola Municipal Alcina Dantas (São Caetano/SP) – como qualquer forma de violência – poderia ter sido evitada. Diferente das catástrofes naturais, as violências são fruto de escolhas humanas, portanto, evitáveis em sua origem. Não podemos colocar uma pá nesta história, nos eximindo de nossa responsabilidade. Em honra à vida deste menino que, muito cedo, desistiu de sua vida, precisamos fazer um exercício de mea culpa, pois quando uma criança escolhe a morte algo muito errado estava ocorrendo com ela. Em um gesto de profunda humildade, autocrítica e reflexão, precisamos refazer os nossos caminhos e descobrir onde estamos fracassando como humanidade.
Para Ronald Laing, "cada vez que nasce uma criança há uma possibilidade de adiamento. Cada criança é um novo ser, um profeta em potencial, um novo príncipe espiritual, uma nova centelha de luz que se precipita na escuridão. Quem somos nós para decidir que não há mais esperança?". Ciente da verdade proferida por Laing, acredito que cada vez que humilhamos, ferimos e matamos uma criança, estamos de fato usurpando da humanidade a esperança.
Para as políticas públicas de saúde as violências são evitáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que as violências possuem múltiplas causas e são todas evitáveis. Em sintonia com esse entendimento, acredito que múltiplos fatores contribuíram para o trágico desfecho na Escola de São Caetano. No entanto, destacarei nesse artigo apenas dois aspectos que envolvem situações de violência na escola, por considerá-los importantes fatores de riscos à saúde e a vida de crianças e jovens: o fácil acesso à arma de fogo e à aceitação social das formas violentas de lidar com conflitos e diferenças.
Artigo O Popular Caso Davi 005
 
ARMAS DE FOGO
De acordo Ronaldo Cunha Lima, ex-governador da Paraíba, a presença da arma de fogo altera a natureza da violência, tornando-a letal, pois o porte de armas transforma conflitos banais em verdadeiras tragédias. Nesse sentido, levar uma arma de fogo para casa representa colocar em risco permanente a vida de crianças e adolescentes. Para Rodrigo Pimentel, especialista em segurança, não existe lugar seguro para esconder arma em casa.
O Brasil, 3% da população mundial, é responsável por 8% das mortes por arma de fogo no mundo. 17,5 milhões é o número estimado de armas de fogo em circulação no Brasil, sendo que apenas 10% dessas armas pertencem ao Estado (forças armadas e polícias). O restante, ou seja, 90%, estão em mãos civis. O Brasil é o país onde mais se mata com arma de fogo em todo o mundo. São mais de 38.000 mortos todos os anos. Os dados do Sistema Nacional de Mortalidade evidenciam que 38,8% das causas de morte dos jovens brasileiros (15 a 24 anos) são decorrentes de armas de fogo.
De acordo com a AACD – Associação de Assistência à Criança com Deficiência, 40,8% dos pacientes com lesão medular que procuram seus centros de reabilitação foram vítimas de armas de fogo. Esses pacientes se tornaram tetraplégicos ou paraplégicos. Mais de 83% dos pacientes avaliados pela AACD eram homens, sendo que 61% das lesões medulares por armas pertenciam ao grupo de pacientes de 12 a 18 anos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor das vendas de arma de fogo no país, em 2003, alcançou a cifra de R$ 344 milhões. Esse foi o movimento financeiro no mercado interno. Apesar de alto, os principais lucros alcançados pelos fabricantes de arma advêm das exportações. Relatório anual sobre transferência de armas divulgado em agosto de 2005 pelo Departamento de Pesquisa do Congresso norte-americano revelou que os dez maiores exportadores de armas do mundo venderam o correspondente a US$ 22 bilhões, em 2004.
As cifras citadas acima mostram porque é crucial para o mercado de armas construir uma mentalidade social que tenha dentre os seus fundamentos a compreensão de que os conflitos, as diferenças interpessoais ou grupais só podem ser resolvidos por meio da violência e a edificação de um ideal de sucesso masculino centrado na idéia de dominação, de supremacia sobre o outro.
Artigo O Popular Caso Davi 007
 
TOLERÂNCIA À VIOLÊNCIA
Acredito que um dos motores que faz a roda do ciclo vicioso da violência girar é o consentimento dado por nossa sociedade às formas violentas de se resolverem as diferenças, os conflitos. O uso de violências físicas na educação e no cuidado de crianças e adolescentes tem perpetuado o ciclo vicioso de violência dentro da vida familiar. Os pais batem nos filhos; os filhos batem em seus irmãos e colegas de escola; depois, filhos e colegas batem em suas namoradas, parceiras e esposas, que por fim, também batem em seus filhos. Semeamos ventos e colhemos tempestades!
Dentre os prejuízos causados pelo uso de violências na educação e no cuidado de crianças e adolescentes, estão o desenvolvimento de uma frieza, de uma indiferença por parte dos adultos em relação à dor e ao sofrimento dos mais jovens. O principal fator que leva a aprovação do adulto de uma determinada forma de violência física ou psicológica é tê-la sofrido na infância. O índice de aprovação do uso de violências na educação de crianças e adolescentes é de duas a três vezes maior entre aqueles que as sofreram na infância.
Os indivíduos que sofreram violências físicas rigorosas na infância tendem a crescer acreditando que suas experiências foram normais e não abusivas. Portanto, as primeiras experiências pessoais de violência podem aumentar a tolerância na hora de definir um ato como violento ou não. A tolerância em relação às violências e à crença de que o sofrimento fortalece têm promovido uma educação familiar e escolar que desvaloriza os sentimentos das crianças. A socialização pela violência tem deformado as crianças e gerado adultos com uma limitada capacidade de empatia com o outro. Nas relações interpessoais, em especial com as crianças, esse adultos não ultrapassam a margem das superficialidades, das aparências.
Para o filósofo Theodor Adorno uma educação que valoriza o "ser duro" com os mais jovens estimula o desenvolvimento de uma cultura de indiferença em relação à dor em geral. Suportar a dor em si como um ideal de força e poder, leva ao entendimento de que é necessário perpetrar a dor no outro como um meio de fortalecimento dos aprendizes. As pessoas que são severas consigo mesmo, em nome de um suposto fortalecimento pessoal, sentem-se no direito de serem severos também com os outros, vingando-se no próximo as dores que teve que suportar calado em seu passado.
Sem um congelamento afetivo, sem uma frieza, sem uma oceânica indiferença em relação ao sofrimento e a dor do outro a tragédia do holocausto não teria sido possível. A indiferença à dor em si e nos outros promove a naturalização da violência e o desenvolvimento de mentalidades autoritárias, como foi o caso do fascismo. Portanto, a identificação com o outro, com suas dores e amarguras, é um dos elementos cruciais para que as barbáries sejam evitadas.
Érico Veríssimo diz que “o oposto do amor não é ódio, mas a indiferença”. Depois de 14 anos atendendo pessoas em situações de violência, tenho que concordar com a assertiva de Veríssimo. Todas as pessoas que atendi em sofrimento mental por vivenciarem alguma forma de violência buscaram ajuda. Todas tentaram comunicar a sua dor a alguém que confiava. Mesmo as crianças muito pequenas deram sinais de seu sofrimento. Mas somente uma pequena parcela não recebeu a indiferença como resposta a seu pedido de ajuda. Por expressamos um estado de entorpecimento, de frieza em relação à dor do outro, em especial das pessoas que estão mais próximo de nós, não temos protegido os que sofrem de seus próprios desatinos.
A frase “a criança chora e pais não vê”, pichada no muro da Escola de São Caetano, delata a nossa incapacidade de enxergar nas crianças suas aflições e sofrimentos. Embora fosse vista por muitos, como "um menino calmo, bem-arrumado, educado e branco”, ele estava em sofrimento. Ele deu pistas desse sofrimento duas semanas antes da tragédia, ao fazer a seguinte pergunta ao seu irmão mais velho: “se eu morrer você vai ficar triste?” No dia da tragédia ele contou para um colega que tinha uma arma e ia matar a professora Rose. Esse colega não levou o caso adiante, pois achou que a fala de Davi era apenas uma brincadeira. Esses dois diálogos são exemplos claros de oportunidades perdidas. Quantas outras chances foram oferecidas por Davi para que a violência contra a professora fosse evitada e sua vida salva? Bem, agora é tarde demais.
A dor, o medo e a angustia do menino Davi não foram ouvidas, quanto menos legitimadas. Por não ouvir seus recatados pedidos de ajuda, não pudemos protegê-lo de seu desatino. As pessoas que atendi ao longo de minha prática profissional me ensinaram muito sobre os seus sentimentos em relação à violência sofrida. Elas sentem raiva e ódio. Mas também sentem, em demasia, a magoa – uma mágoa profunda pela pessoa que elas depositaram confiança e amor, mas que não agiram no sentido de protegê-las da violência ou interditá-las. Ou seja, se existe alguém que fere o outro, existem sempre muitos que não impediram que essa ferida fosse aberta. Se queremos ajudar as vítimas, só tem um caminho: não ser também cúmplices das violências, não negligenciar o sofrimento do outro.
Por que pais e educadores não conseguem perceber sofrimento e dificuldades nas crianças “silenciosas” demais? Será que esse silêncio, essa calma aparente definida por professores e pais de colegas de Davi eram na verdade um estado de profundo desligamento da realidade que o fazia sofrer?
É crucial que pais e educadores saibam que um dos importantes sinais de alerta para uma dificuldade no plano relacional e afetivo é o isolamento, o afastamento silencioso e progressivo do convívio com o outro. As vulnerabilidades e os sinais de alerta para o diagnóstico de situações de violências contra crianças e adolescentes precisam ser partilhado com pais e professores.
Todavia, mais importante que receber informações que ajudem na identificação de situações de risco, pais e professores precisam ter como prioridade educativa a construção de uma proximidade afetiva com seus filhos e alunos. Eles necessitam de um espaço para o diálogo franco, onde possam partilhar com os adultos seus dilemas, vergonhas, angustias e dores. Pois como afirma Charles Chaplin no discurso final do filme O Grande Ditador: “mais do que de máquinas, precisamos de humanidade, mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
Cida Alves
Fonte: Artigo publicado no caderno Magazine do jornal “O Popular”, no dia 2 de outubro de 2011 – Goiânia (GO). 


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Colóquio Trabalho, preconceito, consumo e desigualdade no contexto da atividade com recicláveis

Dia 22 de novembro, terça-feira, às 8 horas, acontecerá na Faculdade de Educação da UFG o Colóquio:  
Trabalho, preconceito, consumo e desigualdade no contexto da atividade com recicláveis

O evento faz parte do Programa de atividades realizadas pela pesquisa  Educação socioambiental: combate ao preconceito, consumismo e violência no contexto familiar dos filhos dos trabalhadores com material reciclável de Goiânia/FE/UFG.  

O projeto, coordenado pela professora Silvia Rosa Silva Zanolla é financiado pelo CNPq/MCT e conta com uma equipe composta por professores e bolsistas dos cursos de Educação Física, Artes, Pedagogia e Psicologia da UFG, bem como, possui parceria com a PUC/GO.

CONFERENCISTAS: José Leon Crochik (USP);
                             Margareth Regina Veríssimo (PUC/GO)
                             Silvia Rosa Silva Zanolla (UFG)

A participação é aberta a todos e todas e as incrições são gratuitas. Clique aqui para acessar e preencher o formulário de inscrição. A isncrição será confirmada via o e-mail enviado no prazo de até 2 (dois) dias. Os certificados só serão entregues no final do evento aos que estiveram presentes durante o mesmo.


http://www.fe.ufg.br/nupese/uploads/imgd/207/evento1313263611_ORIG.jpg

Fonte: NUPESE/FE/UFG

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Qual a função da escola? e do Estado?

Dois vídeos para que produzam algumas provocações e reflexões ao longo do processo de formação de todos nós! 
Duas reflexões distintas pelo tempo, mas unidas pela fartura de emoção e indignação!


Para meus alunos de Estágio da FEF/UFG

Esse vídeo foi produzido pelos alunos nas Aulas de Educação Física aliando tecnologias e o tema movimento, no Colégio Estadual Professor Sebastião e França no Jardim Presidente em Goiânia-GO. Sob a orientação da profa Michelle Oliveira.

Um pouco da miséria humana...

... transformada em esperança para todos os seres humanos!


domingo, 2 de outubro de 2011

Uma leitura sobre Agrotóxicos no Brasil


Uma dica que compartilho com vocês, como é mesmo a finalidade deste Blog: democratizar e universalizar o acesso ao conhecimento e à informação verdadeira.


Agrotóxicos no Brasil - um guia para ação em defesa da vida
de Flávia Londres

sábado, 1 de outubro de 2011

ótimo senhor governador de Goiás!!!

Ninguém venha me julgar de insensível ao gesto de solidariedade particularizado, porque não é necessariamente isso que estou questionando, mas sim, os outros milhares de gestos que não são vistos da parte do governador do Estado frente ao caos em mergulha a educação, a saúde, o ipasgo e outras áreas da vida do cidadão goiano. As imagens que vão ao ar nos noticiários nem sempre falam toda a verdade e as imagens montadas para as propagandas oficiais nunca falam a verdade, de verdade!

Agora, o sr. governador de Goiás, tomou uma atitude minimamente estranha. Aproveitou o movimento que a mídia local está dando na cobertura do episódio do incêndio do apto no décimo segundo andar, no St. Oeste em Goiânia, e pegou carona para aparecer na mídia com um ato de solidariedade, humanidade. Ah! Vá lá cidadãos goianos! Veja o conteúdo da matéria no g1.com/goias:

"O governador Marconi Perillo visitou o prédio que pegou fogo, no Setor Oeste, em Goiânia na manhã deste sábado (1°). Ele entrou no apartamento em cinzas e depois foi visitar a aposentada Teresinha Franciliana Barros de 76 anos, que salvou uma das vítimas do incêndio. Ela mostrou para o governador como conseguiu puxar João de Olivieira Goulart Castro, de 49 anos, pela janela da cozinha.
Marconi Perillo falou por telefone com um irmão da Muniki Dias Goulart, e prestou solidariedade à família e se comprometeu a fornecer, por meio do Governo do Estado, o material de alto custo necessário no tratamento do João Goulart, pai da Muniki. "A dona Teresinha me pediu para ajudar o seu João, porque ele precisa colocar umas placas no braço, eu disse que vamos ajudar”, afirma o governador.
Muniki que caiu do apartamento em chamas e sobreviveu deve sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no domingo (2). Os pais dela, que também sobreviveram ao incêndio, continuam internados no Hospital de Queimaduras de Goiânia sem previsão de alta." Fonte: g1.com/goias

Agora eu quero saber como é que fica as centenas de pessoas, cidadãos que pagam muitos, mas muitos impostos e:
- que estão nas filas esperando o olhar do Estado para receber medicamentos de ALTO CUSTO;
- que estão nas filas de cirurgias eletivas outras emergenciais;
- que estão sendo ameaçadas no IPASGO com a crise e a corrupção que provocou um rombo enorme e agora, se vêem obrigados ou a excluirem seus entes queridos ou a pagar um aumento descabido na mensalidade;

Aí sr. governador: vai resolver num telefonema a situação de cada um deles também? Ou vai continuar fazendo de conta que governa o Estado para os pobres?

Agora eu quero ver a saúde, a ueg, a educação que vocês arrotam na TV!!!

Não estou me referindo à saúde da família Goulart (que diga-se de passagem, merece todo o tratamento para recuperarem-se de tão ímpar tragédia que os assaltaram), mas à família dos Silvas, dos Souzas, dos Sousas, dos Gonçalves, dos Moreiras, dos Mouras, dos Soares, dos Almeidas, dos Pereiras, dos Junqueiras, dos Oliveiras e das diversas outras famílias que estão em alguma fila esperando (um mediamento de alto custo, uma autorização para uma cirurgia, para um transplante, etc) o olhar sem nenhum tipo de acepção do Estado????

Bom, termino esse post, além de indignado, solidário à dor da família Goulart e à família Araújo Silveira pela perda do Sr. Eduardo.

Alguém acredita em instituições esportivas sérias?

É o fim mesmo! Sempre achei que um dia, as instituições ditas 'sérias', revelariam de fato, sua natureza! 

É ridiculo essa postura da fifa. Os comerciantes do futebol espetáculo querem passar por cima da legislação do nosso país, passar por cima dos direitos dos idosos, dos estudantes... 

ESTUDANTES, organizem-se em seus estados e lutem para que as assembléias legislativas não mudem a lei da meia entrada!!!

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Fifa pediu para governo brasileiro suspender Código de Defesa do Consumidor, diz ministro.

A Fifa pediu ao governo brasileiro que, durante o período de realização da Copa do Mundo no país, em 2014, suspendesse o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso e o Estatuto do Torcedor. A ideia da entidade que organiza o Mundial de futebol era ter liberdade absoluta para decidir o preço dos ingressos, não disponibilizar meias entradas para idosos e estudantes e não ter que eventualmente indenizar consumidores por eventos cancelados ou adiados.

Fonte: UOL esporte