quinta-feira, 30 de junho de 2011

Campanha: Não Precisamos Mais de vereadores

Terminando o semestre e iniciando a campanha:  
"Não Precisamos Mais de Vereadores"

Afinal, para que servem vereadores? Melhor extinguí-los!!!




Imagens: Campanha em outdoors em Jaraguá do Sul - SC.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Evento CBCE-DF

sábado, 25 de junho de 2011

As ruas sacodem os ombros do mundo

O epicentro da crise financeira encontra-se hoje na Europa. Não por acaso, a fragilidade da esquerda para se opor à desordem criada pelas finanças desreguladas ganha nitidez desconcertante no velho continente. Sobretudo nas economias periféricas da UE, atropeladas por uma colisão de endividamento e retração de liquidez, dirigentes e parlamentos comandados por socialistas tem voltado as costas ostensivamente ao clamor das ruas. Na contramão de um neoliberalismo em frangalhos, os socialistas tem se mostrado os melhores executivos na aplicação de programas de ajuste requeridos pelos bancos e chancelados pela Comissão Européia.O desmonte do setor público que a social-democracia européia notabilizou-se por erigir no pós-guerra assume proporções devastadoras. Privatizações e demissões em massa do funcionalismo; cortes em serviços essenciais; devastação da seguridade social; congelamento e arrocho de salários lembram a rapinagem sofrida pela América Latina na crise da dívida externa nos anos 80. O primeiro passo para virar essa página da história é compreender que o clamor ecoado das ruas da Europa dirige-se também à esquerda do resto do mundo, inclusive no Brasil. Com o propósito de contribuir para essa escuta forte, Carta Maior selecionou um conjunto de textos que refletem a urgência de uma reconstrução programática da agenda socialista.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Novidade para os estudos marxistas

Grundrisse

Manuscritos econômicos de 1857-1858
Esboços da crítica da economia política
Karl Marx


Muito mais que “esboços” ou adiantamento da obra maior de Karl Marx, os três manuscritos econômicos de 1857-1858 que compõem os quase lendários Grundrisse constituem patrimônio das ciências humanas de inestimável valor.
Parte de uma luta ideológico-política pela exclusividade do “verdadeiro” Marx, a obra somente veio à luz já na primeira metade do século XX, em virtude dos conflitos centrados no controle que o Partido Comunista da ex-URSS exerceu sobre os escritos não divulgados do filósofo alemão. Considerados inicialmente espécie de amostra ou work in progress do que viria a ser a obra central de Marx, sabe-se hoje que examinar os Grundrisse é como ter acesso ao laboratório de estudos de Marx no curso de sua extensa atividade intelectual, o que permite acompanhar a evolução de seu pensamento, as áreas específicas de interesse que deles se desdobram, e, sobretudo, compreender no detalhe o seu método de trabalho.
Publicada integralmente e pela primeira vez em português, esta obra crucial de Marx para o desenvolvimento de sua crítica da economia política consiste em três textos bastante distintos entre si em natureza e dimensão. O primeiro, que só mais tarde o filósofo intitularia “Bastiat e Carey”, foi escrito em um caderno datado de julho de 1857. O segundo, contendo o que seria uma projetada Introdução à sua obra de crítica à economia política, é de um caderno de cerca de trinta páginas, marcado com a letra M e redigido, ao que tudo indica, nos últimos dez dias de agosto de 1857. O terceiro manuscrito, e o mais extenso, compreende a obra póstuma de Marx que ficou conhecida como Esboços da crítica da economia política, ou simplesmente Grundrisse, conforme o título da edição alemã. Tal texto consiste em dois capítulos (“Capítulo do dinheiro” e “Capítulo do capital”) distribuídos em sete cadernos numerados de I a VII. Segundo Francisco de Oliveira, professor de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), na capa do livro, “o vigoroso teórico pode ser justamente tido como um escritor de primeira plana; ele tinha, sem muita modéstia, inteira consciência de seu valor literário e, talvez por exagero – e que temperamento! –, tenha deixado na obscuridade muitos textos dos Grundrisse e que estão agora com os leitores do Brasil e de outras paragens para nossa delícia teórica e nossas elaborações na tradição marxista”.

Trabalho de anos de tradução rigorosa diretamente dos originais em alemão, com coedição da Boitempo Editorial e Editoria UFRJ, os Grundrisse constituem a versão inicial da crítica da economia política, planejada por Marx desde a juventude e escrita entre outubro de 1857 e maio de 1858. Ela seria depois muitas vezes reelaborada, até dar origem aos três tomos de O capital. “O fato de ser uma primeira versão não faz destes escritos algo simples ou de mero interesse histórico. Além de entender o ponto de partida da grande obra de maturidade de Marx, eles permitem vê-la de uma perspectiva especial só possível com manuscritos desse tipo, pois, como não pretendia ainda publicá-los, o autor os considerava uma etapa de seu próprio esclarecimento, concedendo-se liberdades formais abolidas nas versões posteriores”, afirma na orelha o professor de história da USP, Jorge Grespan.

Segundo o tradutor e supervisor da edição, Mário Duayer, mesmo diante de mazelas da vida, o prognóstico de uma crise econômica iminente forneceu a Marx o estímulo para pôr no papel as descobertas de seus longos anos de estudos de economia política e dar uma primeira forma à sua crítica. “Vivendo em extrema pobreza, permanentemente sitiado por credores, cliente habitual de lojas de penhor, castigado por problemas de saúde e devastado pela morte prematura de quatro dos seus sete filhos – decerto em virtude das condições materiais em que vivia a família –, o que de fato surpreende é como ele foi capaz de produzir, nessas circunstâncias, não só um trabalho tão magnífico, uma das obras científicas mais importantes e influentes de todas as épocas, mas, acima de tudo, uma obra motivada por uma paixão genuína pelo ser humano”. 

Trecho do livro
“Carey, cujo ponto de partida é a emancipação da sociedade burguesa do Estado na América do Norte, termina, entretanto, com o postulado da intervenção do Estado para que o desenvolvimento puro das relações burguesas, como de fato ocorreu na América do Norte, não seja perturbado por influências exteriores. Ele é protecionista, ao passo que Bastiat é livre-cambista. A harmonia das leis econômicas aparece em todo o mundo como desarmonia, e os primeiros indícios dessa desarmonia surpreendem Carey inclusive nos Estados Unidos. De onde vem esse estranho fenômeno? Carey o explica a partir da influência destrutiva da Inglaterra sobre o mercado mundial com sua ambição ao monopólio industrial. Originalmente, as relações inglesas foram distorcidas no interior do país pelas falsas teorias de seus economistas. Atualmente, como poder dominante do mercado mundial, a Inglaterra distorce a harmonia das relações econômicas em todos os países do mundo. Essa é uma desarmonia real, de maneira nenhuma baseada meramente na concepção subjetiva dos economistas. O que a Rússia é politicamente para Urquhart, a Inglaterra é economicamente para Carey. A harmonia das relações econômicas, para Carey, baseia-se na cooperação harmônica de cidade e campo, de indústria e agricultura. Essa harmonia fundamental, que a Inglaterra dissolveu em seu interior, ela destrói por meio de sua concorrência no mercado mundial e, assim, é o elemento destrutivo da harmonia universal.”
Sobre a coleção Marx-Engels
A publicação dos Grundrisse coroa o ambicioso projeto da Boitempo Editorial de traduzir o legado de Karl Marx e Friedrich Engels, contando com o auxílio de especialistas renomados e sempre com base nas obras originais. Com 12 volumes publicados, a coleção teve início com a edição comemorativa dos 150 anos do Manifesto Comunista, em 1998. Em seguida foi publicada A sagrada família (2003), obra polêmica que assinala o rompimento definitivo de Marx e Engels com a esquerda hegeliana. Os Manuscritos econômico-filosóficos (2004) vieram na sequência, ao qual se seguiram os lançamentos de Crítica da filosofia do direito de Hegel (2005); Sobre o suicídio (2006); A ideologia alemã (2007); A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (2008); Sobre a questão judaica (2010); Lutas de classes na Alemanha (2010); O 18 de brumário de Luís Bonaparte (2011); A guerra civil na França (2011), em comemoração aos 140 anos da Comuna de Paris; e agora os Grundrisse (2011).
Ficha técnica
Título: Grundrisse
Subtítulo: Manuscritos econômicos de 1857-1858: Esboços da crítica da economia política
Título original: Karl Marx Ökonomische Manuskripte 1857/58
Autor: Karl Marx
Tradução: Mario Duayer, Nélio Schneider, Alice Helga Werner e Rudiger Hoffman
Supervisão editorial e apresentação: Mario Duayer
Orelha: Jorge Grespan
Quarta capa: Francisco de Oliveira
Páginas: 792
Preço: R$ 79,00
ISBN: 978-85-7559-172-7
Editoras: Boitempo e UFRJ

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desabafo de uma Professora da Rede Estadual em Goiás


Recebi por email e estou divulgando por aqui!

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Senhor Secretário:
Thiago Peixoto,

Sou professora há 22 e sinto que a Educação de Goiás, em 2011, retrocedeu quase um século.

Digo isso porque vejo o descaso e a irresponsabilidade com que o senhor tem tratado os profissionais da Educação. Isso acontece pelo fato do senhor, talvez, desconhecer a realidade do Ensino Público em Goiás. Quantas escolas goianas tiveram a honra de receber sua visita? 5, 20, 50?
Com as ordens que temos recebido da Secretaria da Educação, sinto-me na época dos jesuítas. Será que retornamos no tempo para que nossas autoridades revejam os erros cometidos e encontrem um rumo para a Educação?

Oferecer educação de qualidade é o que todos nós professores engajados e preocupados com a educação, tentamos fazer, mas com péssimos salários e condições precárias de trabalho com escolas caindo sobre nossas cabeças, é quase impossível. Tentamos fazer o melhor e nem reconhecimento temos.

Tempo para qualificação? Quando? As instituições de ensino oferecem cursos na madrugada? Porque é somente nesse horário que os professores têm tempo para estudar, pois são obrigados a trabalhar em dois ou três turnos para ter um minguado salário.

E para complicar ainda mais a situação, o senhor, grande detentor do poder, resolve ditar as leis de uma mal denominada gestão democrática, impondo aos nossos colegas um suposto curso, cujas atividades postadas sequer eram corrigidas, entrega uma apostila mal feita, poucos dias antes da prova e realiza um processo seletivo com questões mal elaboradas e confusas.

Quando o senhor pensou nesse processo seletivo, porque não procurou uma entidade educacional qualificada e preparada, como a Universidade Federal de Goiás, para a realização do mesmo?

Talvez seja por saber que a UFG exigiria um edital claro e tempo de preparação para os candidatos, não é?

O senhor, num artigo publicado em O Popular diz que um gestor bem preparado faz sim, muita diferença na rede pública. Concordo com o senhor, mas gostaria de alertá-lo de que preparação e qualificação requer tempo e oportunidade, nossos colegas tiveram isso? E apenas uma prova mal elaborada mede a capacidade de um gestor?

E quanto aos prazos dados para todos os trâmites legais de um pleito democrático? O senhor teve quanto tempo para sua campanha enquanto candidato a Deputado? E agora nossos colegas candidatos a gestores das escolas têm menos de uma semana para apresentar suas propostas à comunidade escolar? Quanta incoerência, senhor secretário!!

Por que tudo na educação tem que ser feito de modo atribulado, de imediato? É esse o compromisso de nossas autoridades tão competentes na gestão da Secretaria da Educação?

E os nossos salários, secretário? Será que teremos algum dia o nosso tão almejado piso salarial ou continuaremos, indefinidamente, no “contrapiso” do descaso?

Essas são algumas indagações de uma professora angustiada com os rumos da educação em Goiás.

Tenho orgulho de minha profissão, senhor secretário, e sempre tentei fazer o máximo para a aprendizagem dos meus alunos e tenho, ainda, a esperança de que algum dia, a Secretaria da Educação, tenha como chefe maior alguém empenhado em realmente melhorar a qualidade do ensino, pois acredito no lema: “Só a Educação liberta esta nação!”

Quanto tempo ainda nos resta na prisão da ignorância, descaso e má vontade dos nossos governantes?

Mire-se nos exemplos dos países desenvolvidos, mas tenha bom senso, clareza e objetividade para enxergar os problemas enfrentados pelas nossas escolas.

Não é necessário gastar milhões com uma empresa de consultoria para detectar os problemas enfrentados pela Educação em Goiás, basta reunir um grupo de profissionais que trabalham todos os dias em nossas escolas que eles mostrarão ao senhor o quadro caótico do nosso ensino público e o melhor, senhor secretário, se lhes for dada a oportunidade e condições mínimas de trabalho, conseguirão sanar os problemas detectados em pouco tempo e sem desperdício de dinheiro público.

Pense nisso, senhor Secretário!

Atenciosamente,
Arlete Cristina Pereira

quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

István Mészáros propõe a erradicação do capitalismo.


Por Agildo Nogueira Júnior.
Portal Vermelho - 13 de junho de 2011. 

"O pensador marxista e filósofo húngaro, István Mészáros esteve em Campinas/SP para participar do seminário "A crise estrutural do capital e os desafios atuais da luta de classes". O pensador húngaro foi saudado por um salão lotado, com a plateia cantando em pé a primeira parte da Internacional Socialista. Ele iniciou sua palestra lembrando a primeira vez que esteve no Brasil, em 1983. À época, chamou sua atenção um movimento de luta contra a fome realizado pela população do estado do Rio Grande do Norte. Para Mészáros, foi mais uma prova de que no auge do desenvolvimento das forças produtivas o capital não se preocupa sequer em prover de alimentos à população de várias nações, inclusive a brasileira. Assim, o marxista relembra o título de uma de suas obras ao afirmar que não é possível fazer pequenos ajustes no sistema, é preciso ir além do capital. Para isso, ele propõe que o capital seja erradicado do controle das nossas vidas. Porque é um modo de controle social e não apenas um modo de produção."  [leia mais]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mais uma do capitalismo nefasto

  Capital e Capitalismo

O neoliberalismo proclama a necessidade do retorno de uma ordem jurídica alicerçada em fundamentos meramente econômicos. Para tanto, é obrigado a atropelar, entre outras conquistas da dita civilização, as exigências de universalidade da norma jurídica. No mundo da nova concorrência e da utilização do Estado pelos poderes privados, a exceção é a regra. Tal estado de excepcionalidade corresponde à codificação da razão do mais forte, encoberta pelo véu da legalidade. O poder econômico vem se infiltrando no Estado, comprometendo a soberania. O Estado perdeu a vergonha de transformar a ordem jurídica numa arma de opressão e de controle das aspirações dos cidadãos, enquanto se submete à brutalidade do comando da finança desregrada.

INTRODUÇÃO

I have read many philosophers and classics of political thought and have encountered only a few thinkers who were interested (and politically engaged!) in the free development of the individuality of all women and men (not only of a privileged class). And I believe that this point is fundamental for the political parties and the social movements that still look at Marx as a source of inspiration. (Marcello Musto)

Marshall Berman descobriu o marxismo quando buscava entender o destino de seu pai, morto, como Willy Loman, o personagem de Arthur Miller na Morte do Caixeiro Viajante. Lomam pereceu numa cilada das forças anônimas, incontroláveis e insidiosas da concorrência. “Num dia quente de verão de 1955, meu pai, um vendedor de etiquetas, voltou para casa exaurido do distrito de roupas e disse ‘eles não me conhecem mais”.
 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Obras de Paulo Freire Free

Livros de Paulo Freire disponíveis para serem baixados gratuitamente
 


Os adeptos de Paulo Freire têm agora a disponiblidade de baixar gratuitamente na internet, inclusive o clássico Pedagogia do Oprimido. Algumas de suas obras são consideradas preciosidades. São livros importantíssimos de um pensador brasileiro comprometido profundamente com as causas sociais. O material é inovador, criativo,original e tem importância histórica inédita. Para os profissionais e pesquisadores de comunicação a obra Extensão ou Comunicação é, praticamente, obrigatória.

As obras estão disponiveis no portal do governo do Acre:
http://www.ac.gov.br/bibliotecadafloresta/biblioteca/index.php?option=com_content&task=view&id=638&Itemid=128

Confira abaixo as obras e os links:

A importância do ato de ler <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/A_importancia_do_ato_de_ler.pdf>
Ação Cultural para a Liberdade <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Acao_Cultural_para_a_Liberdade.pdf>
Extensão ou Comunicação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Extensao_ou_Comunicacao1.pdf>
Medo e Ousadia <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/MedoeOusadia.pdf>
Pedagogia da Autonomia <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadaAutonomiaP[1].Freire.pdf>
Pedagogia da Indignação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadaIndignacaoP[1].Freire.pdf>
Pedagogia do Oprimido <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PedagogiadoOprimidoP[1].Freire.pdf>
Política e Educação <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/PoliticaeEducacao-P[1].Freire.pdf>
Professora sim, Tia não <http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/Professora_sim,_Tia_nao.pdf>

segunda-feira, 6 de junho de 2011

“Os que não querem a verdade são aqueles que deram as ordens”


“Os que não querem a verdade são aqueles que deram as ordens”

A poucas horas das eleições presidenciais no Peru, o líder da Frente progressista, Ollanta Humala, destaca, em entrevista ao jornal Página/12, a importância dos julgamentos pela violação dos direitos humanos, detalha como serão as políticas sociais que pretende implementar em seu governo, caso seja eleito, e diz por que a opção por Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, representaria uma volta ao passado. No plano da política externa, Humala diz que sua prioridade será a consolidação da Unasul e da unidade latinoamericana.

“Vou ganhar amanhã”, diz Ollanta Humala. Ele está tranquilo, confiante. O candidato da Frente Progressista Gana Peru, que neste domingo disputa o segundo turno da eleição presidencial com a direitista Keiko Fujimori, concedeu uma entrevista exclusiva ao Página/12, abrindo um espaço em sua agitada agenda. Humala tinha acabado de rechaçar, em uma entrevista coletiva, a acusação lançada por Roger Noriega, subsecretário de Estado para a América latina da administração de George W. Bush, de que Hugo Chávez estaria financiando a sua campanha. “Isso é uma mentira, uma calúnia. Não há nenhuma prova para essa afirmação”, disse Humala.

Na conversa com o Página/12, o candidato falou de suas principais propostas, do que seria um eventual governo seu sem maioria parlamentar, de direitos humanos, de sua rival Keiko Fujimori e do papel que a Unasul teria em sua política externa.